Rota do licor em Cachoeira: associação de produtores promete nova trilha turística na região

  • 17/06/2025
(Foto: Reprodução)
Passeio contará com pelo menos 16 pontos de visitação, e planos de visita com opções de um ou dois dias para conhecer a história e consumir licores da região. Rota do licor em Cachoeira: associação de produtores promete nova trilha turística Reconhecido como a "capital do licor", o município de Cachoeira, no recôncavo baiano, concentra 70% da produção da bebida no estado. Só neste ano, a estimativa da Associação de Produtores de Licor da cidade (APLC) é de que cerca de 1 milhão de litros tenham sido produzidos apenas entre abril e junho — período em que as festividades juninas impulsionam a compra do produto. Em meio a isso, produtores do município e guias turísticos se preparam para lançar uma nova rota turística, com pelo menos 16 pontos de visitação ligados à bebida. Em entrevista ao g1, Roseval Pinto, proprietário da fábrica de licores Roque Pinto e presidente da APLC, disse que a rota será criada através da parceria entre os trabalhadores do setor. A proposta é lançar o roteiro em 2026. "A rota deve passar por todos os fabricantes associados, além de plantações e pontos turísticos ligados ao licor. Queremos proporcionar a experiência completa para quem vem visitar", disse o empresário ao portal. De acordo com Pinto, com o primeiro plano de visitação, o cliente poderá fazer a rota toda em apenas um dia. O tempo por atração será curto, mas o produtor garante que os visitantes viverão a experiência da produção do licor na cidade. Já para os que podem ficar mais de um dia na capital da bebida, a visitação poderá ser feita em duas diárias, com o pernoite em Cachoeira e o retorno às fábricas e fazendas no dia seguinte. "Ainda estamos em fase de negociação com todas as partes Queríamos lançar agora em julho, mas para entregar um produto completo, achamos prudente o lançamento em 2026. O visitante terá a oportunidade de conhecer a produção e a história de cada um dos produtores". Produção de licores em Cachoeira ASCOM/Arraiá do Quiabo Excursões na cidade do licor A proposta da APLC é nova, mas a visitação às fábricas é comum na região, já que guias turísticos locais e grupos independentes costumam fazer esse percurso. Segundo o representante da associação, a diferença é que, enquanto nos demais passeios, os visitantes apenas degustam as bebidas, a rota em desenvolvimento vai dar aos participantes a possibilidade de conhecer de perto a produção do licor. "O processo completo, até mesmo como as frutas são selecionadas, e o processo de extração do suco. Algo que siga o padrão de uma experiência artesanal". LEIA MAIS Arrasta-pé: saiba onde fazer aula de forró em Salvador Família eleva tradição junina com licor que sai da torneira em casa no interior da Bahia Com prêmio internacional, bebida à base de mel de cacau surge da vontade de 'ensinar brasileiro a beber licor como europeu' 💰 Alimentação e valores Cachoeira: cidade no reconvaco baiano foi palco do primeiro confronto na busca pela independência da Bahia Reprodução/TV Globo Para compor a experiência e evitar que o visitante saia de barriga vazia, a associação promete uma pausa para almoçar no restaurante de um dos produtores, além de petiscos que acompanhem as degustações ao longo do dia. Infelizmente, para quem deseja se planejar, ainda não existe uma estimativa de quanto custará o passeio e os pacotes de visitação. Roseval detalha que, como são muitos envolvidos, as partes ainda estudam um valor para que o projeto seja rentável. "Nosso principal objetivo é que as pessoas queiram voltar, por isso, não queremos apressar o lançamento sem tudo estar arrumado. Construir uma experiência que a pessoa venha e queira trazer mais pessoas para Cachoeira e para o nosso licor", defende o produtor. 📈 Expectativas para 2025 e impacto econômico Cidade de Cachoeira na Bahia CEDOC/TV Bahia Entre as grandes produtoras da região, se destaca também o Arraiá do Quiabo, empresa que emprega 200 famílias de Cachoeira e cidades próximas em sua produção. Segundo a assessoria do empreendimento, além dos trabalhadores diretos, ainda existem fornecedores de insumos e produtores de frutas, o que aumenta essa cadeia de impacto econômico para até mil famílias empregas. Em meio aos preparativos para o São João, a empresa costuma aumentar sua mão de obra durante o período junino (entre abril e junho), com a contratação de funcionários temporários para a empresa. Outra preocupação é a colheita de determinadas frutas, que podem não estar maduras a tempo. Segundo Roseval Pinto, para este ano, os sabores tradicionais — jenipapo, maracujá e tamarindo — seguem na liderança das encomendas feitas por pessoas físicas e grandes revendedores. 📲 Presença nas redes sociais Dois grandes problemas enfrentados pelos produtores são a sazonalização da bebida, que só recebe alta procura durante três meses do ano, e o que avaliam como afastamento da cultura do licor com a chegada de novas gerações. Para reverter esse cenário, a equipe da Arraía do Quiabo investe nas redes sociais, onde mostra que o licor pode ser consumido em outros momentos, além do período junino. As publicações exploram drinks gelados para o verão, versões temáticas para festas como dia das bruxas e receitas que harmonizam com o licor. Usos diferentes para o licor de São João ao longo do ano Reprodução/Redes sociais Para Pinto, outra estratégia que ajuda na resolução desses problemas é o investimento em novos sabores — variedade cobrada pelos consumidores constantemente. Embora ele avalie que não há opção capaz de competir com o licor de jenipapo, há procura por sabores como jabuticaba e banana. LEIA TAMBÉM: São João de Santa Cruz Cabrália é cancelado após temporal Ana Castela, Gusttavo Lima, Wesley Safadão, Xand Avião e Alok: veja atrações do São João de Jequié Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻

FONTE: https://g1.globo.com/ba/bahia/saojoao/noticia/2025/06/17/rota-do-licor-em-cachoeira-associacao-de-produtores-promete-nova-trilha-turistica-na-regiao.ghtml


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